Quando perdemos alguém dos nossos olhos e tato, começamos a pensar no que poderíamos ter feito um dia e que não fizemos por timidez ou insegurança. Eu fiz questão de demonstrar todo o meu amor e admiração. Todos os dias de aula, de intervalos ou de repentes. E me sinto confortada por lembrar de dias que só nós presenciamos e que era tão bom. Um dia escrevi uma carta e entreguei com uns mimos que ela adorava. No outro dia ela passou por mim, disse 'oi'. Quando tinha acabado de subir toda a rampa do Liceu, ela estalou os dedos e me chamou. Agradeceu de um jeito tão especial. Não como passar a mão no ombro e dizer obrigada. Disse palavras lindas que se repito meus olhos não resistem e embaçam até escorrer esse rio de sentimentos no meu rosto. Ela acariciou e deu um sorriso cativante. E eu contava intimidades... Ela contava conselhos. Não nos dedos, mas como se estivesse sentada numa cadeira de balanço. Achavam-me tola, ou talvez, só tinham vontade de expressar também o amor incomensurável que todos temos. E isso não se acaba. A perda fica,brincando, nos divertindo, estudando, nos formando, crescendo e construindo e fica na nossa frente. Mas continuaremos sorrindo, famílias, profissão e um punhado de coisas boas. Porque foi sempre o que ela nos ensinou. A viver. Não importa quanto tempo isso dure.
Por: Thatá
Agradecemos aos alunos e corpo docente de nossa escola, que compareceram a missa de 7° dia.