No ano de 2015, a cidade de Petrópolis completa 172 anos, e
para vermos um pouco da história, basta viajarmos pelo passado de uma das
cidades mais respeitadas do Brasil.
História
Tudo começou em 1830, quando D. Pedro I adquiriu a fazenda
do Córrego Seco para construir uma residência na Serra, onde a Família Imperial
pudesse escapar dos sufocantes verões da Quinta da Boa Vista.
Na Europa do século XIX, palácios especialmente construídos
e vilas em locais privilegiados surgiram para marcar uma tendência que,
partindo da nobreza europeia, chegaria mais tarde aos plebeus como um direito
adquirido: as férias. Para o veraneio (ou “vilegiatura”, como se chamava
então), os czares russos tinham a sofisticada São Petersburgo, assim como os
reis da França, o Palácio de Versalles.
Dessa forma, no jovem Império brasileiro, os nobres também
esperavam poder se dedicar, por alguns meses no ano, a um modo de vida mais
descontraído, com altas doses de arte, diversão e contato com a natureza.
Contudo, vários cidadãos respeitáveis da Corte torciam o nariz para esse
projeto. Diziam que D. Pedro I escolhera mal. Tudo o que existia em Córrego
Seco, rebatizada de Imperial Fazenda da Concórdia, era uma vila de passagem que
mal podia oferecer o mínimo aos homens e cavalos que cruzavam as poucas ruas
poeirentas, a caminho de Minas Gerais.
Para piorar a situação, o lugar destinado a abrigar o centro
da cidade era pouco mais que um pântano, coalhado de insetos e sujeito aos
caprichos de rios que, com frequência, escapavam dos leitos. Alguns ainda
apostavam no empreendimento (dentre eles, o filho do Imperador, o menino Pedro,
acostumado a temporadas inesquecíveis na fazenda vizinha, do Padre Corrêa). No
entanto, em 1831, as reviravoltas da política levaram D. Pedro I a abdicar do trono
e voltar para Portugal. O futuro D. Pedro II, príncipe criança, ficou para trás
preparando-se para governar um país gigantesco, até então controlado por
confusas regências.
Durante mais de 12 anos tudo parecia indicar que o projeto
“Povoação – Cidade de Petrópolis” acabaria esquecido para sempre numa das
gavetas de seu idealizador, o Mordomo Imperial Paulo Barbosa. Quem poderia
retirar a Fazenda Imperial do esquecimento e torná-la mais do que uma simples
vila de passagem, sempre coberta pela neblina? Para tal realização surgiu um
homem acostumado a realizar obras em situações adversas que muitos consideravam
impossíveis, o engenheiro militar Júlio Frederico Koeler.
Nascido no Grão-Ducado de Hesse-Darmstadt e naturalizado
brasileiro, Koeler era um engenheiro militar. Em 1837, construiu vários trechos
da Estrada Normal da Serra da Estrela e da Estrada do Itamaraty, sem utilizar
mão-de-obra escrava. Para tanto, convenceu um grupo de colonos germânicos que
aportara no Rio de Janeiro - e que estava insatisfeito com o tratamento
recebido no navio Justine - a ficar no Brasil, desistindo de imigrar para a
Austrália.
Convencido de que aquele era o homem mais indicado para
edificar, do nada, a sua cidade, D. Pedro II assinou, em 16 de março de 1843, o
decreto 155, pelo qual arrendava a Koeler a Imperial Fazenda da Concórdia,
ex-Córrego Seco, com a condição de que ele edificasse, não apenas o povoado,
mas também o Palácio de Verão, uma igreja e um cemitério.
Recordando-se da experiência bem sucedida com os colonos do
Justine, Koeler trouxe cerca de dois mil colonos germânicos para Petrópolis ao
longo do ano de 1845 e cumpriu sua promessa. De seu empenho emergiu a
Petrópolis Imperial, primeira cidade planejada da América Latina, com seus rios
domados e contornados por jardins, pelo seu palácio, pelos casarões, pelas
praças e pelos recantos privilegiados.
A partir disso, o destino estava traçado. A menina dos olhos
do Imperador estava fadada a uma vocação grandiosa. Um encanto que ainda se
renova para os visitantes – e para aqueles que têm o privilégio de viver aqui.
Programação para o aniversário de 172 anos
A maioria dos pontos turísticos estará de portas
abertas para receber os visitantes. A Cidade Imperial completa 172 anos de
fundação e dentro da programação oficial de aniversário, promovida pela
Prefeitura de Petrópolis por meio da Fundação de Cultura e Turismo (FCTP), a
maior parte dos atrativos terá entrada franca na data. É a oportunidade
perfeita para o próprio petropolitano conhecer um pouco mais sobre a história
do município.
União perfeita entre passado e presente, Petrópolis destaca-se por suas belezas
naturais, clima ameno, e claro, sua importância histórica. Não faltam motivos
para atrair pessoas de todas as partes do país e do mundo. Só no ano passado,
um levantamento feito pelo Observatório de Regional de Turismo/FCTP registrou o
movimento de 1,5 milhão de turistas e visitantes no município, motivados também
pela excelente rede hoteleira, gastronômica e polo de compras.
A Catedral São Pedro de Alcântara, o Museu Imperial, o Palácio de Cristal, a
Casa de Santos Dumont e muitos outros pontos turísticos esperam receber
inúmeros visitantes, especialmente os moradores da cidade.
“Queremos neste aniversário de 172 anos de Petrópolis dar um tom cotidiano às
comemorações. Abrir nossos atrativos e dar gratuidade é motivar que o
petropolitano conheça melhor o que é dele. Afinal, somos todos de Petrópolis e
isso que nos faz tão especiais”, observou a presidente da FCTP, Thaís Ferreira.
A agenda para o evento desta segunda são diversas: Cultura e
História andam lado a lado para festejar este momento, então não perca tempo,
veja o melhor horário para ter um dia de diversão com amigos e a família.
- 9h –
Festival de Esportes – programação variada na praça da Liberdade, Centro
- 9h30 – Missa em Ação de Graças pelos 172 anos da
cidade, celebrada pelo bispo de Petrópolis, Dom Gregório Paixão – Participação
especial do Coral Municipal de Petrópolis e do Coral Dó- Ré-Mi Catedral de São
Pedro de Alcântara (Rua São Pedro de Alcântara, 60, Centro)
- 10h às 15h – Circuito Viva Petrópolis – Passeio
pelos pontos turísticos com mulheres assistidas pelos Centros de Referência em
Assistência Social (CRAS) do município, seguido de almoço no Restaurante
Popular
- 10h30min – Desfile com a Banda Wolney Aguiar e
grupos de dança folclórica alemã no Entorno da Catedral de São Pedro de Alcântara
- 11h – Deposição de coroa de flores no monumento
a Koeler – participação especial da Banda do 32º BMtz na Praça Princesa Isabel, Centro (em frente à Catedral de São Pedro de Alcântara)
- 11h30min – Deposição de coroa de flores no
monumento de D. Pedro II – participação especial da Guarda de Honra Imperial na Praça Dom Pedro II, Centro
Praça da Liberdade
·
A partir das 12h – Corte do bolo de aniversário,
atividades esportivas, culturais e de educação. Distribuição de mudas nativas
da Mata Atlântica
· 12h – Recreação infantil e danças folclóricas
· 12h – Recreação infantil e danças folclóricas
·
13h – Grupo show dos GRES Mirim da Cidade
Imperial
·
15h – Recreação infantil e intervenção teatral
·
17h – Coral dos Anjos
·
18h – Apresentação da versão do Hino de
Petrópolis com diversos artistas petropolitanos e vários ritmos musicais
·
18h30min – Apresentação coletiva de dança
·
19h – Show com Gabriel Silva
- Fonte: Fundação de
Cultura e Turismo de Petrópolis e Prefeitura de Petrópolis.
Catedral de São Pedro de Alcântara
Hotel Quitandinha
0 comentários:
Postar um comentário