domingo, 15 de março de 2015

172 Anos de História - Petrópolis: a cidade Imperial

No ano de 2015, a cidade de Petrópolis completa 172 anos, e para vermos um pouco da história, basta viajarmos pelo passado de uma das cidades mais respeitadas do Brasil.

História

        Tudo começou em 1830, quando D. Pedro I adquiriu a fazenda do Córrego Seco para construir uma residência na Serra, onde a Família Imperial pudesse escapar dos sufocantes verões da Quinta da Boa Vista.
        Na Europa do século XIX, palácios especialmente construídos e vilas em locais privilegiados surgiram para marcar uma tendência que, partindo da nobreza europeia, chegaria mais tarde aos plebeus como um direito adquirido: as férias. Para o veraneio (ou “vilegiatura”, como se chamava então), os czares russos tinham a sofisticada São Petersburgo, assim como os reis da França, o Palácio de Versalles.
        Dessa forma, no jovem Império brasileiro, os nobres também esperavam poder se dedicar, por alguns meses no ano, a um modo de vida mais descontraído, com altas doses de arte, diversão e contato com a natureza. Contudo, vários cidadãos respeitáveis da Corte torciam o nariz para esse projeto. Diziam que D. Pedro I escolhera mal. Tudo o que existia em Córrego Seco, rebatizada de Imperial Fazenda da Concórdia, era uma vila de passagem que mal podia oferecer o mínimo aos homens e cavalos que cruzavam as poucas ruas poeirentas, a caminho de Minas Gerais.
        Para piorar a situação, o lugar destinado a abrigar o centro da cidade era pouco mais que um pântano, coalhado de insetos e sujeito aos caprichos de rios que, com frequência, escapavam dos leitos. Alguns ainda apostavam no empreendimento (dentre eles, o filho do Imperador, o menino Pedro, acostumado a temporadas inesquecíveis na fazenda vizinha, do Padre Corrêa). No entanto, em 1831, as reviravoltas da política levaram D. Pedro I a abdicar do trono e voltar para Portugal. O futuro D. Pedro II, príncipe criança, ficou para trás preparando-se para governar um país gigantesco, até então controlado por confusas regências.
        Durante mais de 12 anos tudo parecia indicar que o projeto “Povoação – Cidade de Petrópolis” acabaria esquecido para sempre numa das gavetas de seu idealizador, o Mordomo Imperial Paulo Barbosa. Quem poderia retirar a Fazenda Imperial do esquecimento e torná-la mais do que uma simples vila de passagem, sempre coberta pela neblina? Para tal realização surgiu um homem acostumado a realizar obras em situações adversas que muitos consideravam impossíveis, o engenheiro militar Júlio Frederico Koeler.
        Nascido no Grão-Ducado de Hesse-Darmstadt e naturalizado brasileiro, Koeler era um engenheiro militar. Em 1837, construiu vários trechos da Estrada Normal da Serra da Estrela e da Estrada do Itamaraty, sem utilizar mão-de-obra escrava. Para tanto, convenceu um grupo de colonos germânicos que aportara no Rio de Janeiro - e que estava insatisfeito com o tratamento recebido no navio Justine - a ficar no Brasil, desistindo de imigrar para a Austrália.
        Convencido de que aquele era o homem mais indicado para edificar, do nada, a sua cidade, D. Pedro II assinou, em 16 de março de 1843, o decreto 155, pelo qual arrendava a Koeler a Imperial Fazenda da Concórdia, ex-Córrego Seco, com a condição de que ele edificasse, não apenas o povoado, mas também o Palácio de Verão, uma igreja e um cemitério.
        Recordando-se da experiência bem sucedida com os colonos do Justine, Koeler trouxe cerca de dois mil colonos germânicos para Petrópolis ao longo do ano de 1845 e cumpriu sua promessa. De seu empenho emergiu a Petrópolis Imperial, primeira cidade planejada da América Latina, com seus rios domados e contornados por jardins, pelo seu palácio, pelos casarões, pelas praças e pelos recantos privilegiados.
        A partir disso, o destino estava traçado. A menina dos olhos do Imperador estava fadada a uma vocação grandiosa. Um encanto que ainda se renova para os visitantes – e para aqueles que têm o privilégio de viver aqui.


Programação para o aniversário de 172 anos

         A maioria dos pontos turísticos estará de portas abertas para receber os visitantes. A Cidade Imperial completa 172 anos de fundação e  dentro da programação oficial de aniversário, promovida pela Prefeitura de Petrópolis por meio da Fundação de Cultura e Turismo (FCTP), a maior parte dos atrativos terá entrada franca na data. É a oportunidade perfeita para o próprio petropolitano conhecer um pouco mais sobre a história do município.
        União perfeita entre passado e presente, Petrópolis destaca-se por suas belezas naturais, clima ameno, e claro, sua importância histórica. Não faltam motivos para atrair pessoas de todas as partes do país e do mundo. Só no ano passado, um levantamento feito pelo Observatório de Regional de Turismo/FCTP registrou o movimento de 1,5 milhão de turistas e visitantes no município, motivados também pela excelente rede hoteleira, gastronômica e polo de compras.
        A Catedral São Pedro de Alcântara, o Museu Imperial, o Palácio de Cristal, a Casa de Santos Dumont e muitos outros pontos turísticos esperam receber inúmeros visitantes, especialmente os moradores da cidade.
        “Queremos neste aniversário de 172 anos de Petrópolis dar um tom cotidiano às comemorações. Abrir nossos atrativos e dar gratuidade é motivar que o petropolitano conheça melhor o que é dele. Afinal, somos todos de Petrópolis e isso que nos faz tão especiais”, observou a presidente da FCTP, Thaís Ferreira.

A agenda para o evento desta segunda são diversas: Cultura e História andam lado a lado para festejar este momento, então não perca tempo, veja o melhor horário para ter um dia de diversão com amigos e a família.

-                  9h – Festival de Esportes – programação variada na praça da Liberdade, Centro
       
-               9h30 – Missa em Ação de Graças pelos 172 anos da cidade, celebrada pelo bispo de Petrópolis, Dom Gregório Paixão – Participação especial do Coral Municipal de Petrópolis e do Coral Dó- Ré-Mi Catedral de São Pedro de Alcântara (Rua São Pedro de Alcântara, 60, Centro)
    
-             10h às 15h – Circuito Viva Petrópolis – Passeio pelos pontos turísticos com mulheres assistidas pelos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) do município, seguido de almoço no Restaurante Popular

-         10h30min – Desfile com a Banda Wolney Aguiar e grupos de dança folclórica alemã no Entorno da Catedral de São Pedro de Alcântara

-         11h – Deposição de coroa de flores no monumento a Koeler – participação especial da Banda do 32º BMtz na Praça Princesa Isabel, Centro (em frente à Catedral de São Pedro de Alcântara)

-         11h30min – Deposição de coroa de flores no monumento de D. Pedro II – participação especial da Guarda de Honra Imperial na Praça Dom Pedro II, Centro

Praça da Liberdade

·         A partir das 12h – Corte do bolo de aniversário, atividades esportivas, culturais e de educação. Distribuição de mudas nativas da Mata Atlântica
·         12h – Recreação infantil e danças folclóricas
·         13h – Grupo show dos GRES Mirim da Cidade Imperial
·         15h – Recreação infantil e intervenção teatral
·         17h – Coral dos Anjos
·         18h – Apresentação da versão do Hino de Petrópolis com diversos artistas petropolitanos e vários ritmos musicais
·         18h30min –  Apresentação coletiva de dança
·         19h – Show com Gabriel Silva

-  Fonte: Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis e Prefeitura de Petrópolis. 

                                                   Catedral de São Pedro de Alcântara

                                                                    Hotel Quitandinha 

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